SBT Deve Apostar Nas Novelas Da Victória Ruffo

Gabriela Spanic hoje é a grande aposta nas novelas da tarde junto com a Ana Brenda Contreras. Em 2016, o SBT deve apostar em novelas da Maite Perroni e continuar apostando na Gabriela Spanic. O SBT só possui mais duas novelas da Gabriela nunca exibidas e após essas duas novelas que devem ser exibidas em sequências, começarão a apostar em novelas da Victória Ruffo para seguir o gênero drama no horário das 17:30.
A Victória Ruffo está presente em 3 novelas que já estão escaladas para serem exibidas, Triunfo Del Amor em que faz o papel de co-protagonista e que deve ser exibida na sequência das novelas da Maite Perroni e também em Corona de Lágrimas e La Malquerida em que é a protagonista.

Corona de Lágrimas
Dos textos de um clássico mexicano que gerou o grande fascínio de fazer chorar a milhões de espectadores, surgiu o novo projeto de José Alberto Castro, um remake de uma história tão simples, mas que novamente chegou ao coração do público: Corona de Lágrimas.
Na história, Refugio (Victoria Ruffo) é uma mulher que chega a capital com seus três filhos sem ter onde viver ou dar de comer às crianças. Os anos passam, e Refugio é uma contadora, que leva uma vida difícil e com privações. Seus filhos viraram homens, a quem Refugio dedica toda sua vida: Patrício (Alejandro Nones) é um jovem advogado ambicioso e com vergonha da origem humilde; Edmundo (Josemaria Torre) estuda Medicina, mas vive nos bares e bilhares, sem levar a sério a faculdade; e Nachito (Mane de la Parra) é o único que trabalha duro, e espera chegar sua vez de poder estudar como seus irmãos. As coisas começam a mudar quando Patrício conhece Olga (Adriana Louvier), uma garota rica e caprichosa, cujo pai, o bem-sucedido advogado Romulo Ancira (Ernesto Laguardia), lhe brinda um mundo de riquezas e benefícios. Para isso, Patrício renunciará a toda sua família, partindo o coração de Refugio.


A obra do autor Manuel Canseco Noriega havia rendido duas bem-sucedidas versões anteriores. Uma novela produzida por Valentim Pimstein em 1965, e um filme, clássico dos clássicos, produzido em 1967. Nessa versão, Marga Lopez, Enrique Lizalde, Juan Ferrara e Javier Juan fizeram os personagens de Refugio, Patricio, Edmundo e Nachito. Javier Juan, inclusive, atuou nessa nova versão como o tirano patrão de Refugio.
José Alberto Castro vinha do sucesso de La Que No Podía Amar em 2011, e recebeu por encomenda a produção dessa novela para o horário das 4 da tarde. Corona de Lágrimas já quase havia ganhado remakes em ocasiões passadas, mas por uma razão ou outra, o projeto não saía do papel. A adaptação dessa vez ficou a cargo de Jesus Calzada, que aproveitou tudo do filme e a partir daí explorou as possibilidades da história.

O resultado disso foi uma novela de sucesso. A história, de fácil identificação, tem o benefício de ressaltar uma característica forte nos países latinos: a figura da mãe. Aqui, uma mulher boa, extremamente boa, que faz tudo pelos seus filhos, sacrifica tudo em nome deles. Conforme a história avança, os filhos a abandonam e a desapontam. Era impossível não ser um sucesso! Além disso, uma adaptação bem atualizada que não se perdeu em esticamentos, teve justos 110 capítulos.
Nas versões passadas, o papel de Refugio pertencia a uma atriz já com traços mais velhos, era uma velhinha que era humilhada por perder a visão e ser o estereótipo da mãe preocupada. Tanto que chegaram a se manejar nomes como Ana Martin e Ana Bertha Espín para o papel. Por ter um perfil de protagonista, a escolhida foi Victoria Ruffo, mesmo sendo mais jovem do que as atrizes que fizeram o personagem nas versões anteriores. Acabou que o papel foi um prato cheio para a atriz, acostumada a chorar não só uma “coroa de lágrimas” como um oceano inteiro!
Para encorpar a novela com mais tramas e personagens, um dos pontos mais diferenciais foi o destaque dado ao personagem Romulo Ancira, mero coadjuvante transformado aqui num dos protagonistas da trama. Romulo terminou como um grande vilão: matava, mentia, e destilava ironia e gritos maquiavélicos. Além disso, toda uma trama sobre corrupção e infidelidade existia a seu redor, coisa que não apareceu anteriormente.
Outras alterações importantes: Olga, a menina rica que se encapricha com Patrício, na primeira versão era uma gordinha feia e apagada. Já no filme e nessa versão de 2012, era uma jovem bonita e interessante (mas bastante complexa). A companheira de trabalho de Refugio, Lucero (Africa Zavalla) não era namorada de Patrício no começo como nessa versão. Era apenas alvo da disputa dos outros irmãos – isso sim, mantido no remake.

Corona de Lágrimas foi “dividida” em três etapas: a primeira onde Patrício ascende e diz a todos que Refugio é sua babá, até o casamento com Olga; a segunda quando Olga fica grávida e Refugio vira empregada do próprio filho e assim se reaproxima de Olga; e a terceira onde tudo é descoberto e as consequências dos atos dos filhos repercutem nas últimas semanas da novela.
Na primeira parte é impossível não se revoltar com o descaso de Patrício e Edmundo em relação a Refugio. Além de mentiras e abandono, Edmundo inclusive rouba o dinheiro que Nacho deu para Refugio comprar seus óculos novos! Na segunda, Refugio brilha novamente quando consegue finalmente se aproximar e compreender Olga, e o final, guardou uma surpresa totalmente inédita: um romance para Refugio. O ator escolhido foi Pedro Moreno. No começo da novela, Edmundo ainda criança encontra uma carteira perdida na rodoviária. Sem achar o dono e passando necessidades, Refugio usa o dinheiro e promete devolver a carteira repondo o dinheiro…que foi justamente do Juez Corona (quase que uma homenagem a própria obra).
Muitos foram os destaques do elenco, sendo Victoria Ruffo, o principal deles. Apesar de criticada pela repetição de seus personagens sempre mães choronas, aqui a trama bordava a situação perfeita para Victoria fazer o que faz de melhor: emocionar.
Os filhos também foram bem escalados. Alejandro Nones foi uma das revelações, com seu ambicioso Patrício. Josemaria Torre retornava às novelas com um personagem complexo e ambíguo. E Mane de la Parra foi encantador como o filho simplório e bom de coração. Nos bastidores, por trabalhar com Victoria Ruffo, eles a apelidaram de “Queen”!
Vinda da TV Azteca, Adriana Louvier foi a grande revelação feminina. Olga foi um personagem difícil. À primeira vista, uma garota arrogante e irritante que só sabia gritar e chantagear para conseguir o que queria, Adriana conseguiu dar humanidade ao papel, fazendo o público sentir compaixão por sua personagem, que ganhou inclusive alguma redenção.
Cassandra Sanchez Navarro, filha do ator Rafael Sanchez Navarro, foi revelada como Chelito, uma mecânica totalmente desajeitada, e apaixonada por Nachito. O par romântico com Mane de la Parra fez muito sucesso.
Ernesto Laguardia, o Romulo Ancira, foi um dos tipos mais destacados e curiosos da novela. Presumia ser um grande empresário, um macho que abusa das mulheres como quiser, mas não fazia o tipo físico de Ernesto: baixinho, de voz esganiçada e com um rosto com traços delicados. Acabou se tornando destaque justamente pelo insólito! As cenas onde Romulo e Refugio se encontraram eram da mais alta qualidade, sinônimo da trajetória e da experiência dos dois atores. Eram também sempre um ponto alto dentro da trama.
Algumas coisas foram irritantes: Mercedes, personagem de Lola Merino, casada com Romulo e mãe de Olga foi uma delas. Uma mulher totalmente fraca, sem a menor fibra para defender a filha, e sem nunca (nem no final) esboçar reação. Ou a presença de Juan Pelaez, como um advogado corrupto amigo de Romulo, que sempre aparecia envolto a uma fumaça espessa de cigarro! Lamentavelmente, foi o último trabalho de Juan Pelaez, que faleceu vítima de câncer em 2013.


Destaca-se ainda o belíssimo tema musical da novela, escrito especialmente para ela e interpretado por Cristian Castro.
Corona de Lágrimas foi uma novela bonita, honesta, bem feita. E, sobretudo, prova que novelas mexicanas definitivamente foram feitas para pegar pela emoção… Pelas lágrimas!


La Malquerida
Cristina, a mãe de Acacia, repentinamente fica viúva e descobre que sua fazenda está afundada em dívidas. Sem enxergar uma possível solução, decide que a melhor opção é vendê-la, apesar da imensa dor que lhe causa perder o patrimônio de seu falecido esposo. Nesse momento, Esteban, um dos trabalhadores da fazenda, oferece sua ajuda para salvar suas terras, que são o que mais ama, pois nelas vê Cristina. Pouco a pouco, Esteban e Cristina reerguem a fazenda e, com a convivência e o esforço, essa relação se torna um profundo amor, pois Esteban conquista o coração de Cristina. Isto provoca em Acacia uma dor terrível, já que, com sua pouca idade, não consegue superar a morte de seu pai e, muito menos, pode aceitar que sua mãe tenha uma nova relação. Sua desaprovação é tanta que tenta escapar da fazenda. Ao se darem conta do sentimento de Acacia, seus avós conversam com Cristina, para que sua neta vá morar com eles e, assim, superar a morte de Alonso.
O tempo passa, e com ele dá-se o retorno de Acacia, transformada em uma belíssima jovem que desperta o desejo de Esteban, que, a princípio não a reconhece e se apresenta como o dono da fazenda. Porém, Acacia, desafiadora, lhe responde que a dona é Cristina Maldonado de Rivas, sua mãe. Esteban se dá conta de que essa bela jovem é Acacia e trata de retratar-se com ela, torna-se tolerante e a trata bem, como quando ela era uma menina, pois ele, como trabalhador, sempre foi amável com ela e lhe deixava presentes nos estábulos. O retorno de Acacia à fazenda desperta também o interesse de Manuel, um amigo de infância, que se propõe a casar-se com ela. Porém, por questões de destino, Acacia conhece Ulises, um dia em que está enfrentando Esteban, o que provoca nela uma forte admiração por esse jovem tão decidido. É essa admiração que pouco a pouco se torna amor. Entretanto, esse amor se vê arruinado no dia em que Ulises desaparece da vida de Acacia, o que a faz se aproximar de Esteban, com a intenção de agradar Cristina, mas a única coisa que essa aproximação provoca é o imenso desejo crescente de Esteban por Acacia, do mesmo modo que Acacia fica confusa com seus sentimentos. Por isso, antes que aconteça uma tragédia, aceita casar-se com Manuel, apesar de todas as tramoias que descobre a seu respeito. Esteban se enche de ira e o amor tão grande e puro que sente por Cristina, torna-se amargura, pois enlouquece sem poder ter Acacia. Somente o verdadeiro amor poderá trazer novamente a alegria à fazenda Benavente e encher de harmonia o coração de Acacia e de Cristina; ao contrário da paixão cega, que mata, destrói e somente faz da mulher querida, uma mal-amada.

Fontes:
novelamexicana.com.br
www.telenoveleiros.com

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.